AZEITE
Os brasileiros que planejam preparar suas ceias de Natal e Réveillon podem comemorar: o azeite ficou significativamente mais barato em 2025. O produto acumula dez meses consecutivos de redução de preços, com deflação de 23,32% nos últimos 12 meses.
Os dados são do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), levantamento realizado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados) em parceria com a FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que monitora a variação de preços no setor ao longo do ano.
Somente em novembro, o azeite apresentou redução de 0,37% nos preços. Quando analisado o acumulado de 2025, a queda chega a 22,69%, representando um alívio considerável para o orçamento das famílias brasileiras.
“Esse comportamento vem sendo observado há dez meses consecutivos, principalmente em função da retomada da produção europeia e da isenção da alíquota de 9% sobre a importação do produto, adotada pelo governo federal”, explica Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS.
O que explica a redução dos preços?
Dois fatores principais contribuíram para a deflação do azeite no mercado brasileiro:
Recuperação da produção europeia: após períodos de escassez causados por condições climáticas adversas, os principais países produtores da Europa voltaram a ter safras mais robustas, aumentando a oferta global do produto.
Isenção de impostos: a medida do governo federal que zerou a alíquota de importação de 9% tornou o produto mais acessível no mercado interno. Permitindo que os supermercados repassassem parte dessa economia aos consumidores.
Impacto positivo no setor de óleos
Segundo o economista da APAS, a queda nos preços do azeite tem ajudado a conter a inflação no grupo de óleos vegetais. Embora o segmento tenha registrado alta de 2,63% em novembro, o acumulado anual apresenta deflação de 4,23%, com redução de 1,01% em 12 meses.
A tendência de preços mais baixos para o azeite beneficia diretamente milhões de brasileiros que utilizam o produto tanto em receitas tradicionais das festas de fim de ano quanto no dia a dia. Consolidando 2025 como um ano de alívio para esse item essencial da cesta básica.
FONTE: AGRO EM CAMPO