AVICULTURA E SUINOCULTURA
A avicultura e a suinocultura brasileiras projetam avanços em produção, exportações e consumo em 2025, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Os números foram divulgados em coletiva de imprensa, em São Paulo.
O setor enfrentou um dos maiores desafios sanitários da história, a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Mesmo assim, a entidade prevê retomada de normalidade. Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o mercado global segue altamente demandante por proteínas, enquanto o consumo interno também cresce.
Produção de ovos deve bater recorde
A produção nacional de ovos deve chegar a 62 bilhões de unidades em 2025, alta de 7,5% frente a 2024. Para 2026, a projeção é de 65 bilhões, aumento de 4,8%.
As exportações podem alcançar 40 mil toneladas em 2025, crescimento de 116,6% em relação ao ano anterior. Em 2026, devem atingir 45 mil toneladas, alta de 12,5%.
O consumo per capita deve avançar de 269 ovos em 2024 para 288 em 2025, crescimento de 7,1%. Em 2026, o número pode chegar a 306 ovos, aumento de 6,3%. Além disso, Santin destacou que o Brasil deve entrar, pela primeira vez, no ranking dos 10 maiores consumidores per capita de ovos. Segundo ele, as empresas monitoram os efeitos do tarifaço, mas esperam reabertura de mercados como o Chile.
As exportações brasileiras de ovos para os Estados Unidos somaram US$ 41 milhões, sendo que 63% do total exportado pelo Brasil teve como destino o mercado americano.
Frango mantém alta no consumo interno
A produção brasileira de carne de frango deve atingir 15,4 milhões de toneladas em 2025, avanço de 3% sobre 2024. Para 2026, o volume projetado é de 15,7 milhões de toneladas, alta de 2%.
As exportações devem ficar estáveis, com leve queda de 2%, somando 5,2 milhões de toneladas em 2025. Em 2026, podem chegar a 5,5 milhões, alta de 5,8%.
No mercado interno, a oferta pode alcançar 10,2 milhões de toneladas em 2025, 5,4% acima do registrado em 2024. Para 2026, a expectativa é de estabilidade. Por outro lado, o consumo per capita deve subir de 45,5 quilos em 2024 para 47,8 quilos em 2025, mantendo o mesmo nível em 2026.
“O setor superou a maior crise da sua história com a Influenza Aviária. Os mercados já retomaram as compras e a produção segue fortalecida pelo consumo interno”, afirmou Santin.
O Brasil não exporta frango para os Estados Unidos e portanto, o setor não foi afetado pelo tarifaço de Donald Trump.
Suínos devem avançar em produção e exportações
A produção brasileira de carne suína deve chegar a 5,42 milhões de toneladas em 2025, alta de 2,2% frente a 2024. Em 2026, o número pode atingir 5,55 milhões, crescimento de 2,4%.
As exportações devem manter trajetória de alta, alcançando 1,45 milhão de toneladas em 2025, avanço de 7,2% sobre 2024. Em 2026, a projeção é de 1,55 milhão de toneladas, crescimento de 7%.
Os embarques de carne suína representaram cerca de US$ 33 milhões para o mercado norte-americano, que respondeu por aproximadamente 2% das exportações do produto no acumulado do ano. Portanto, o setor tem menor impacto em relação a sobretaxa imposta pelo presidente dos Estados Unidos.
Em geral, a oferta interna deve se manter estável em 4 milhões de toneladas. O consumo per capita também deve se estabilizar, passando de 18,6 quilos em 2024 para 18,8 quilos em 2026. “A suinocultura brasileira deve atingir patamares recordes em produção, consumo e exportações. Filipinas, México, Singapura e países da América do Sul reforçam a posição do Brasil no comércio mundial”, destacou Santin.
FONTE; AGRO EM CAMPO
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