ABELHAS

Durante a entressafra, quando há menor oferta de néctar e pólen, as abelhas sofrem com a falta de nutrientes essenciais. Esse cenário pode comprometer a saúde dos enxames e reduzir a eficiência da polinização, processo vital para a reprodução de mais de 70% das espécies de plantas cultivadas no mundo.

Um suplemento nutricional desenvolvido por uma empresa do Rio Grande do Sul está ajudando a manter colmeias saudáveis e ativas durante períodos de escassez de flores, contribuindo diretamente para o equilíbrio dos ecossistemas e a produtividade agrícola no Brasil.

Segundo Cesar Souza, diretor executivo da Védera, empresa responsável pelo desenvolvimento do suplemento em pó, a baixa oferta de nutrientes naturais reduz o metabolismo das abelhas, enfraquece os enxames e ameaça o papel desses polinizadores no ciclo ecológico. “Preservar a saúde das abelhas significa preservar cadeias inteiras de vida, do alimento ao solo”, destaca Souza.

Resultados positivos no campo

O apicultor Alisson Paulinelli, dos Apiários Paulinelli (RS), utiliza o suplemento há dois anos em suas 220 colmeias e relata melhorias significativas. “Na entressafra e também no final da primavera, percebo aumento na postura das rainhas e maior atividade dos enxames. As abelhas permanecem ativas, o que mantém o ciclo ecológico funcionando”, afirma.

Já o professor Eduardo Ferreira, do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Santa Teresa, criador de abelhas sem ferrão, destaca que o suplemento Melero evita a queda de postura mesmo nos períodos mais secos. “Conseguimos manter a saúde das colmeias em níveis semelhantes aos da primavera, o que é raro nessa época. Isso impacta diretamente a continuidade da polinização.”

 Preservação ambiental e produtividade

Com mais de 2 milhões de colmeias, o Brasil é um dos maiores produtores de mel do mundo. No entanto, além da produção, o país enfrenta o desafio de conservar sua biodiversidade, na qual as abelhas desempenham papel fundamental. Investir na saúde desses polinizadores é garantir a sustentabilidade dos ecossistemas e a segurança alimentar do futuro.


FONTE;                                                                       AGRO EM CAMPO

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